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Foto João Bittar |
Segundo o diretor de hospitais e residências em saúde da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC, José Rubens Rebelatto, a implantação do aplicativo na totalidade da rede será finalizada em quatro anos. O prazo leva em consideração a necessidade de mudanças nas unidades de saúde, treinamento de pessoal e instalação de equipamentos.
Faz parte do novo instrumento de gestão hospitalar um prontuário informatizado de cada paciente, com informações de ingresso, pedidos de exames, receitas de medicamentos e cirurgias. Os dados são usados por médicos, enfermeiros, setor administrativo e tesouraria. O sistema informatizado é alimentado em tempo real. “Com o aplicativo, o diretor do hospital tem todos os dados na ponta dos dedos”, diz Rebelatto.
O sistema foi testado, em 2010, na Maternidade Victor Ferreira do Amaral, unidade da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Segundo Rebelatto, os testes permitiram ao MEC fazer ajustes e atualizações que agora possibilitam o uso do software na diversificada rede de hospitais nas cinco regiões do país. Ele salienta que o desenvolvimento do sistema ocorre hoje paralelamente à implantação. Trabalha na construção, aperfeiçoamento e avaliações do aplicativo a Diretoria de Tecnologia de Informação do MEC, em parceria com técnicos do Hospital das Clínicas de Porto Alegre.
Recursos — Dados da Diretoria de Hospitais Universitários e Residências em Saúde mostram que os 46 hospitais aderiram ao programa de gestão. Para implantá-lo, o MEC já investiu R$ 40 milhões e ainda receberá repasse de R$ 68 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A implantação do novo modelo de gestão hospitalar integra o Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários (Rehuf) do MEC.
Abrangência — Os hospitais universitários federais são predominantes nas regiões Sudeste (16 unidades) e Nordeste (15). Os estados da região Norte têm a menor representatividade na rede universitária — três hospitais, distribuídos entre o Pará e o Amazonas. A região Sul tem sete unidades e o Centro-Oeste, cinco.
Dados da Sesu indicam 10,3 mil leitos ativos na rede — 90,2% da capacidade instalada. Informações referentes a 2008 mostram, como principais atividades assistenciais desenvolvidas, um milhão de atendimentos de emergência; 402,8 mil internações; 6,3 milhões de consultas e 20,8 milhões de procedimentos (cirurgias e exames). Com relação a transplantes, a rede respondeu, em 2008, por 10,7% (2.295 procedimentos) do total realizado no país (19.128).
Ainda em 2008, nas atividades de ensino, os hospitais universitários envolveram 5,7 mil professores; 71,8 mil estudantes; 874 programas de residência médica e 4,6 mil médicos residentes. Em pesquisa, a rede somou 1,2 mil dissertações; 535 teses; 1,9 mil publicações nacionais; 4,4 mil publicações internacionais e 5,7 mil projetos desenvolvidos.