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Atualmente 2500 professores fazem parte do programa |
Os professores precisarão fazer uma prova e os selecionados receberão uma bolsa da Capes no valor de R$ 1.200. Atualmente 2.500 professores da rede pública estão no Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat), que é coordenado pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). Participam do programa 59 instituições de ensino superior nas cinco regiões, num total de 74 polos presenciais. O mestrado tem duração de dois anos e a tese final obrigatória é uma monografia sobre experiência de matemática do ensino básico que tenha impacto na prática didática em sala de aula. “É um mestrado para fortalecer o ensino da matemática na educação básica. Não dá para termos no Brasil alunos analfabetos em números”, diz Hilário Alencar, presidente da SBM. Em fevereiro de 2013, concluirão o mestrado cerca de mil professores inscritos em 2011, na primeira chamada do programa.
Murilo Sérgio Roballo, 43 anos, inscreveu-se em 2012 e foi o único dos candidatos a gabaritar a prova. “Sou professor há 25 anos, dou aula em dois colégios de ensino médio em Brasília, e foi uma prova tranquila”, afirma o professor, que faz as aulas presenciais na Universidade de Brasília (UnB). “Esse mestrado é importante. Além de aperfeiçoar conhecimento vai repercutir em melhoria salarial”, comenta.
Antonio Cardoso do Amaral, 32 anos, é professor há uma década na rede pública em Cocal dos Alves (PI), cidade a 300 km de Teresina que ganhou destaque pela conquista de medalhas na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). “Pelas condições de vida e geográficas, estava difícil cursar um mestrado. Mas era um sonho meu e essa oportunidade surgiu como uma luva”, conta o professor.
As aulas presenciais são na sexta-feira e o professor vai de ônibus ou de carona até a Universidade Federal do Piauí. Segundo ele, o conteúdo caiu bem para as necessidades em sala de aula. “Com a conclusão desse curso, eu já vejo que é possível ir mais longe com meu trabalho de matemática na olimpíada. Vou me sentir bem mais embasado para uma melhor orientação aos meus alunos”, acrescentou. “Quando o aluno tem talento, o professor tem de estar preparado, porque senão ele ultrapassa quem ensina.”