![]() |
Em Tocantis se não tiver boa nota não tem internet |
A idéia reduziu o número de faltas e levou a unidade de ensino a ser escolhida como Escola Referência Brasil do Prêmio Nacional de Referência em Gestão Escolar, ano-base 2010, promovido pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). Como premiação pela experiência bem-sucedida, a diretora da escola, Adriana da Costa Pereira Aguiar, viajou aos Estados Unidos. Lá conheceu experiências desenvolvidas no ensino público. “Fiquei surpresa ao ver, em duas escolas, projetos parecidos com o nosso, num espaço que chamam de cybercafe”, revela Adriana. Ao voltar da viagem, ela promoveu enquete virtual para os alunos escolherem um nome para espaço semelhante a ser criado na escola Presidente Costa e Silva. “Envolver os alunos na criação desses espaços e nos debates faz com eles se sintam bem”, avalia a diretora.
A história começou com a descoberta de que muitos alunos da instituição frequentavam lan houses, sem o conhecimento dos pais, para navegar nas redes sociais — o acesso à internet na escola, oferecido aos 300 alunos do sexto ao nono ano, restringia-se a pesquisas e trabalhos escolares, no horário das aulas. Para coibir a freqüência às lan houses, a direção da escola decidiu contabilizar o número de registros positivos nas agendas individuais. Quanto mais carimbos positivos, mais bônus para tempo livre na internet. “Mas é um acesso controlado porque os acessos a sites proibidos ficam registrados no computador”, explica Adriana. “Se isso acontecer, eles perdem os bônus.”