sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Profissão. Entrevista Coreógrafo e dançarino Diego Gomes Dantas



"Nós, os outros", foto Danton Valério

O coreógrafo e dançarino  Diego Gomes Dantas
 -- perseguindo o sucesso


Durante as 24 horas, a vida do coreógrafo Diego Gomes Dantas é muita agitada.  Com certeza, quando não está envolvido com os ensaios, está no computador ,  debruçado sobre  a sua agenda (eletrônica) e projetos, e agarrado a um  telefone. Recentemente, a sua labuta maior se resumiu em fazer as malas, e se preparar   para assumir um projeto da Cia de Jovem de Dança de  São José dos Campos, em São Paulo. Agora, Se ele está galgando novos horizontes é porque tudo isso  tem sido resultado de um trabalho exausto, e que há muito vem sendo perseguido por ele.

No pouco tempo que teve para atender a equipe da revista eletrônica  Cursor.com Educação o dançarino e coreógrafo Diego Dantas não só deixou suas impressões pessoais como também nos passou alguns dados sobre a realidade do profissional de dança hoje no Brasil, e o que  tem de perseguir para manter o desempenho esperado. O primeiro passo, segundo ele,  para ingressar no mercado hoje, é procurar uma escola de dança ou nos projetos sociais, e não esquecer de que atualmente,  já existem excelentes universidades para tal aprimoramento. Ele cita a  Faculdade Angel Vianna; Dep. de Arte Corporal da UFRJ, e a UniverCidade. O curso tem duração de três anos e meio.

Entre uma pergunta e outra, o coreógrafo Diego Dantas, revelou que o seu primeiro passo para a dança se deu  dentro de uma Igreja (aos 10 anos), durante uma festa de Páscoa na Ilha do Bom Jesus na Cidade Universitária. A partir  daí,  perseguiu  os projetos de dança e não mais parou. Hoje tem 26 anos, formou-se pela  Faculdade Angel Vianna, em Botafogo,  já participou de vários projetos de dança clássica e contemporânea, e recentemente está assumindo um companhia  de dança jovem de São José dos Campos,  em São Paulo. Uma outra agenda dele, o conduz futuramente a projetos de dança na Mangueira – nesse projeto ele é convidado pela conhecidíssima e famosa  coreógrafa Regina Miranda, com quem sempre atuou em vários palcos  no Rio.

Perguntado sobre os desafios hoje de um dançarino  em seu dia a dia, Diego Dantas deixa claro que, “ o profissional  terá pela frente a responsabilidade de conciliar  a expressividade com a sua função, com a prática do dia a dia (rotina),  as aulas que irá administrar, com os encontros, e com os trabalhos coreográficos que for desenvolver”.  No seu caso hoje, o seu maior  desafio é organizar a expressividade e desenvolver algo mais coletivo. Segundo ele, aquele que quer se profissionalizar tem que ser versátil e montar uma grade de informações que permita essa qualidade.
Carla Odorizzi e Diego nos
bastidores da Ópera Lucia
di Lammermoor

Ele  observa que as escolas publica ou privada poderiam ser o meio caminho desses jovens hoje, que por vocação optam pela dança.  Há muitas arestas a serem paradas, principalmente as relacionadas a formalização do dançarino e  ao incentivo. É preciso, segundo ele, que  o dançarino tenha a sua profissão registrada em carteira  e o devido incentivo assegurado. “Não só em São Paulo como também nas cidades do interior paulista, se  garante o devido investimento  aos referidos profissionais. O Rio está longe disso”, Finaliza.